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Setembro Amarelo: por que essa campanha importa

O Setembro Amarelo é uma campanha brasileira de conscientização sobre a prevenção do suicídio, realizada todo mês de setembro. O dia 10 de setembro é reconhecido internacionalmente como o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio — e esse marco reforça a urgência de falar abertamente sobre esse tema.

História
  • A campanha foi oficialmente criada no Brasil em 2015, pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM).

  • Seu propósito é quebrar tabus e estigmas, estimular o diálogo sobre sofrimento emocional, promover a empatia e incentivar pessoas em crise a buscar ajuda.

  • A ideia é que prevenção não seja algo pontual, mas um compromisso coletivo, durante todo o ano: em casa, no trabalho, nas escolas, entre amigos e na comunidade.

Como colaborar para o Setembro Amarelo

Como cidadã ou cidadão, há várias formas de colaborar com o Setembro Amarelo e ajudar na prevenção ao suicídio no dia a dia. Aqui estão algumas sugestões:

1. Educar-se e educar os outros: Informar-se sobre os sinais de alerta de alguém em risco de suicídio e compartilhar esse conhecimento com amigos, familiares e colegas. Saber reconhecer mudanças de comportamento, falar abertamente sobre saúde mental e estar disposto a escutar pode fazer uma grande diferença.

2. Oferecer apoio emocional: Esteja disponível para ouvir e apoiar aqueles ao seu redor que possam estar enfrentando dificuldades. Muitas vezes, o simples ato de ouvir sem julgamento pode ajudar alguém a se sentir menos sozinho e mais encorajado a buscar ajuda.

3. Participar e divulgar a campanha: Participe de eventos e atividades do Setembro Amarelo, como palestras, workshops e caminhadas, e use suas redes sociais para divulgar informações sobre a campanha. Isso ajuda a aumentar a conscientização e a quebrar o estigma em torno da saúde mental, incentivando mais pessoas a falar sobre o assunto e a buscar ajuda.

Quais os sinais de alerta para suicídio e o que fazer

Identificar que alguém precisa de ajuda e agir para prevenir o suicídio exige atenção, empatia e conhecimento. Aqui estão algumas dicas para reconhecer sinais de alerta e o que fazer para ajudar:

Sinais de alerta para prevenção de suicídio

1. Mudanças de comportamento: Preste atenção a comportamentos incomuns, como isolamento, perda de interesse em atividades antes apreciadas, mudanças bruscas de humor, irritabilidade ou letargia.

2. Falar sobre morte ou suicídio: Comentários como “Eu preferia não estar aqui” ou “Não vejo sentido em continuar” podem indicar que a pessoa está pensando em suicídio. Mesmo que sejam sutis, essas falas não devem ser ignoradas.

3. Desespero ou desesperança: Se a pessoa expressa sentimentos de desamparo, como se nada pudesse melhorar, ou uma visão extremamente negativa do futuro, isso pode ser um sinal de que ela está em risco.

4. Mudanças nos padrões de sono e alimentação: Alterações significativas, como dormir ou comer muito mais ou muito menos que o habitual, também podem ser indicadores de que a pessoa está enfrentando dificuldades emocionais.

5. Despedidas ou doação de bens: Gestos como se despedir de amigos e familiares ou doar pertences pessoais de valor sentimental podem ser sinais de que a pessoa está considerando o suicídio.

Ações que podem ajudar

1. Conversar abertamente: Se você perceber sinais de alerta, converse com a pessoa de forma direta e cuidadosa. Pergunte como ela está se sentindo e se ela já pensou em se machucar ou tirar a própria vida. Falar sobre suicídio não vai “plantar” a ideia, mas pode ajudar a pessoa a expressar seus sentimentos.

2. Escutar sem julgamento: Ofereça um espaço seguro para que a pessoa possa falar sobre o que está sentindo. Evite interromper, minimizar seus sentimentos ou dar conselhos imediatos. O mais importante é que ela se sinta ouvida e compreendida.

3. Incentivar a busca de ajuda profissional: Sugira que a pessoa procure ajuda de um profissional de saúde mental, como um psicólogo ou psiquiatra. Ofereça-se para acompanhá-la a consultas, se necessário.

4. Estar presente: Mantenha contato regular com a pessoa, mostrando que você se importa. Muitas vezes, a presença e o apoio contínuo de amigos e familiares podem ser cruciais para a prevenção.

5. Apoio em crise: Se a situação parecer urgente, como se a pessoa estiver em perigo imediato de se machucar, não hesite em buscar ajuda de emergência. Ligue para o CVV (Centro de Valorização da Vida) no número 188, que oferece suporte emocional 24 horas por dia, ou procure um CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) ou uma UBS (Unidades Básicas de Saúde).